Lembro-me
do céu e do encanto
Da
nova estação que se anunciava
Voltava
após o tempo baço
De
noites sem dia nem lembrança
Mas
leve como leves são os sinais
Um
som, um brilho, uma flor
Brotavam
da terra árida pelo gelo
Das
almas sedentas de verde esperança
Ténue
despontava a vontade
Do
sopro que antes congelava
E
sem mais nem porquê já sussurrava
Que
os dias eram de esperança
Apenas
porque a primavera despontava