segunda-feira, 27 de julho de 2020

O dia, um dia!



Não há sol nem lua nem tremor
Aquieto-me entre a leve brisa do olhar
Retenho-me na lembrança do orvalho
Daqueles dias em que o fim era o infinito
Eles que tão-pouco queriam terminar
E neles mergulhavam os sonhos
Viviam assim, em paralelo
De mão dada com o desejo
E nós, deitados,
de olhos fixos no vazio
Vagueávamos, sem rumo nem lembrança
O dia era o hoje
Mais nada existia
E para quê?