Longe levo a vontade ausente
Num passo, breve e escuro como bréu
Do perto, o dócil é tão só, dormente
Que em pálido e baço ardor se converteu
Escorre o mundo por entre os dedos
em laivos de amargura e de torpor.
Tão só, talvez, seja a vontade
O querer fugir ao frágil fragor
Do ardente possessivo sentimento
Que implodiu em lento e mudo tremor
E tal como chegou, desapareceu.
5 comentários:
"querer fugir ao frágil fragor..." - faz-me lembrar aqueles momentos em que fugir parece a única solução, para não sucumbir ao toque da emoção. Gostei muito, parabéns.
Para quê palavras? As suas são belas.
Vamos olhar para o verde ao fundo.
Um abraço,
mário
Li bastante seu blog gostei de seus poemas aqui tem um verso que adorei.
A esperança regressa no momento
Que se pensava tudo terminado
E com ela, volta o perdido alento.
Parabéns poeta fico feliz em seguir um blog com tantos poemas de real grandeza.
Beijos no seu coração.
Evanir.
Como sempre, está muitíssimo bom. Parabéns. A fotografai está igualmente abrangente, convidativa...
Um abraço
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