Não será a inconstante leviandade
Propósito de extrair a incerteza
Em rubras esperanças embalada
Travestida com gestos de nobreza
A quem deixou cair a falsidade
Assim brilhante auréola fina
Do leve e mais ousado entorpecer
Sem ritmo a alma bebe em lentos tragos
Ecléticos, alcoólicos mas amargos
Sorve-os em sufocante arfar
Tornando-se até torpe no ousar,
E sem brilho cai, mas docemente,
Ressuscita a alma e a própria gente
4 comentários:
Agradeço a visita e o comentário.
Li e reli este poema com musicalidade e ao mesmo tempo uma crítica social.
O nosso mundo hoje está deste lado.
Finge-se que se está bem.
"Em rubras esperanças embalada" até despertar e dar xeque-mate.
Um abraço,
mário
Sabe a redondilha, polvilhada com excelente imagem.
(Muito) Boa poesia!
Um abraço
Como um jogo, a vida. Um jogo com peças viciadas.
Belíssimo o seu "poetar"
Lídia
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