Num tempo em que vil era o encanto
E atroz voava a tirania
De ter no regaço o amargo pranto
Que jorrava pela alma em letargia
Letal era também o sentimento
De saber que o nunca era tardio
Pois que sempre havia leve esperança
De poder colher, nem que ténue
A lembrança
E com ela viver em harmonia
Mas noite como breu era o escuro
De dias que acabavam sem alento
Com eles voltava triste alegoria
De um tempo que foi só noite e sofrimento
10 comentários:
Vida sem esperança
dias mortos e vazios
na solidão da noite
Linda poesia Armando
Abraço
(O último comentário penso que não seguiu...)
Triste realidade a alegoria.
O povo acorda e levanta-se.
Um abraço,
mário
Escreve-se tao bem por aqui, que se prosa nao fosse apenas poesia, ou nao rimasse, o vislumbre poetrico seria ainda melhor na qualidade literaria que sempre aqui há...
abraço grande
Maravilhoso poema que adorei. Beijos com carinho
Olá Armando,
Hum, Poesia!.
Sabe fazer prosa e muito bem, mas a sua poesia não lhe fica atrás.
Tem características transmontanhas. Tudo com rigor.
Enfim, é uma alegoria, sem alegria, mas isto é o cotidiano de muita gente.
Abraços da Luz.
Belíssimo poema!
Triste o (nosso) fado que nele se canta.
Um beijo
Gostei de ler e de conhecer o Blog
Bshell
Olá Armando,
Como está?
A sua poesia é, nitidamente, feita por um transmontano.
As palavras têm peso e dizem, no lugar certo, aquilo que pretendem afirmar.
Então, alegoria?
Estado de alma com sofrimento, que não mereceu, por certo.
A vida é mesmo insólita e, por vezes, inóspita.
Gosto da mão certeira, da sua mão, quando escreve e transmite sentimentos.
O fim de semana está à porta.
Saibamos aproveitá-lo.
Um beijo da Luz.
Eu, de novo!
Eu sabia que já tinha comentado esta poesia, só que quis reforçar a minha ideia, apenas e só isso.
Beijo.
Belo poema, lido desde uma escola estrangeira tem outro sabor.
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