Agora que se estende a mão do vento
E pródiga te surge a crispação
Tudo de novo te recorda
O que foste nessa vasta imensidão
Das searas em que ceifaste ilusões
Cujo adubo eram sonhos começados
Que as pragas lentamente anteciparam
E as colheitas apenas confirmaram
Que o fruto era falho de sustento
E da alma te levou todo o alento
Nada mais que a eterna nostalgia
De deixar mais uma vez nesse pousio
O que antes solo fértil tinha sido
E agora entre o cheiro a bravio
Tão só azia e larvas produzia
6 comentários:
Ai do povo que nem sequer para comer produz.
Um abraço,
mário
Olá!!!!
Gostei de tudo o que vi aqui: textos, imagens... Aliás, você escreve muito bem!
Voltarei sempre!!!
Beijinhos!!!!
Sente-se a amargura de um tempo injusto em que as searas não dão pão.
Um beijo
Boa tarde Armando,
Vi o seu blogue de alto a baixo, pela primeira vez, e posso dizer-lhe que escreve bem, isto é, com o coração e o cérebro.
Este poema, esta dissertação, este desabafo está, estilisticamente, quase perfeito, com imensas figuras de estilo e representa uma realidade, que dói, a quem ama a sua Pátria.
Mas, sabe a História, ao contrário do que dizem alguns, NUNCA se repete, isto é, podem acontecer situações similares, mas iguais, nunca.
A Europa, a velha Europa já passou por muitos vendavais, tsunamis e continua a ser a Europa.
A África é o que todos sabemos e a Ásia, é "amarela", isto significa que não tomarão posse do mundo, porque não têm talento, arte nem engenho. Têm fabrico em série e trabalham, se for necessário, 24h por dia.
São engenhocas, imitam, falo dos Chineses, mas olhe só para o aspeto físico deles/as.
Diga-me, acha que têm "cabedal" físico e mental?
Quanto ao Japão, já é outra cultura. Mas, querem lá eles saber do que se passa na Europa.
Tem grande potencial humano e económico, é verdade, mas têm de pensar, também , nos pequenos tremores de terra, que diariamente ocorrem e a que eles já não ligam.
Pensamento positivo. Já vencemos tantos momentos difíceis, piores que este, acredite, no nosso país.
Bom Domingo.
Abraço.
Luz
afetos e cumplicidades
luzes e luares
Grande reflexão.
Triste e dura realidade.
Nem sempre temos oportunidades, muitas vezes são injustiças, outras, nem tanto.
Blog encantador.
Um abraço.
Revelando sentimentos
O que outrora foi oásis, hoje pântano escorregadio.
Com esperanças sempre de retorno.
Nostálgico e lindo poema.
Abraço
Enviar um comentário