Não quero que os meus erros flutuem
para nunca se esquecerem, como sempre
se um dia houve, não um somente,
em que tão só a dúvida persistiu
Breve, leve, seguiu com a corrente
desdenhada, enjeitada, assim partiu
mas como morta ainda não estava
foi fácil e instantâneo o seu brotar
O espanto de então a ver voltar
questionar se a dúvida é legítima,
se tudo é mera ficção
ou certeza será apenas recordar
E para lá do infinito horizonte
onde tédio e medo se escondem
aí ela persiste em resistir,
na firme e inabalável sensatez
que a certeza reside em duvidar
6 comentários:
Belíssimo.
"A certeza reside em duvidar",grande lição.
Um abraço,
mário
Entre a dúvida e a certeza, a vida escreve páginas, a vida arranca folhas.
Um beijo
Que os erros sejam levados na correnteza
e firme se converta a dúvida em certeza...
Bjos
Uma poesia que convida a seguir essa corrente, mas levando folhas já amarelas do outono. Que não leve os sonhos!
Abraço
Belíssima a poesia sobre complexo tema, a dúvida...
Intensa e sóbria, a imagem.
Boa semana!
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