Não lembro do que foi o esquecimento
Mas perdura a lembrança da ausência
Sendo forte a presença do que é breve
Pois ténue será eternamente
O veio que move a imensidão
De todo o horizonte que é iníquo
Dele és tu também pertença
Eu não, que para tal não tenho jeito
Serei, quem sabe, eleito e empossado
Na auréola da ninfa enfeitiçante
Que um dia sem querer me fez amante
Das letras que escorrendo não domino
Das quais, sendo seu progenitor,
Me sinto agrilhoado em desatino
7 comentários:
Às mãos do poeta nada é tão pouco!
A grandeza não está nas coisas, mas nos olhos de quem as observa.
Lídia
Como um feitiço que nos encanta e enleia.
Abraço,
mário
Que lido seu poema!!
Deus abençoe você linda noite.Evanir.
Maravilhoso poema que adorei. A alma do poeta é um corrupio de sentires. Beijos com carinho
"agrilhoado em desatino", gosto. O peso, a envolvente, a ânsia do desgrilhoar atinado, da revolta à mordaça,
Olá, Armando!
A poesia que escreve é complexa, densa, enigmática, mas é agradável, muito bela ao ler-se.
Parece paradoxal.
Nunca consigo compreender o que quer dizer com ela, à primeira leitura. Depois de uma segunda, uma terceira, concluo que o poeta se sente preso às letras e àquilo que com elas transmite.
É amante das letras, mas de livre vontade.
Abraço da Luz.
As letras são belas,e o poeta sabe uni-las de uma forma que só ele tem esse dom. A magia está, em não poder entrar logo no verdadeiro sentido que as tece.
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