Ensaio
Um reino de monarca despojado
Vilipendiado no orgulho e na
alma
Despovoado, agreste, ignorado
Sábio, virtuoso, mal amado
Servido por gentes valorosas
Humanos de coração gigante
A quem tiranos de forças poderosas
Fizeram definhar os seus amantes
Esses, que nem com a miséria ou
fome
Castraram esta gente em valentia
Usurpadores munidos de vilania
Conseguiram roubar o seu bom nome
A utopia, marca da tua
presença
Guião de perversa e terna
nostalgia
Aos que longe de ti sentem a agonia
De poder vir a ter essa certeza
Que hoje ou amanhã será o dia
Do reencontro desfeito à nascença
Sorverão então teus vastos
horizontes
E viverão neste reino de
aquém-montes
P.S. Um transmontano abraço do tamanho do Reino Maravilhoso
P.S. Um transmontano abraço do tamanho do Reino Maravilhoso
4 comentários:
Belo e de total actualidade.
Um transmontano abraço tão forte quão a pedra bolideira,
mário
Olá, Armando!
Poesia "rígida e fria", mas muito bem estruturada.
Claro que fala deste reino de aquém e não do de além mar, porque esse já não nos pertence. Há quem diga, que nunca nos pertenceu, mas isso são histórias, interpretações que cada um faz da própria História de Portugal.
Escreve como todos os grandes poetas e escritores transmontanos.
Percebe-se onde quer chegar, mas é preciso saber ler as entrelinhas.
Um abraço alentejano, portanto mais lento, vagaroso e menos rígido, suave e com luz.
O ritmo das sílabas, é o ensaio para o grito que tarda...
Ótima poesia Armando. Bela imagem.
Parabéns ao autor.
Beijo
Olá Armando,
Passando por aqui, para saber como está e como vai Lamadeiras.
Deve estar aí, um frio, que vocês dizem ser diferente, do que se faz sentir em Liboa, esta noite, por exemplo, Aqui, está um gelo, 8ºg. Ar condicionado desde as 18h. Vocês dizem que é um frio seco, aí. Verdade?
Tenha uma boa semana, e mais quentinha.
Beijo da Luz.
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