Soltam-se
dos dedos lava pura
O
chão que a sustem não a espera
Rubra,
leve, como a alma que transporta
Escorre
pelos sulcos que outrora
Poesia
brilhante recitavam
E
agora de escuro se pintaram
Enrijeceram
até à solidão
Aniquilados
em frémito e tormento
De
ter dado à peçonha seguimento
Mergulharam
na profunda agonia
De
ter em vão ampliado o sofrimento
Mas leve como o fogo é a paixão
Que liberta de novo o alento
E escorraça tudo o que era servidão.
10 comentários:
Olá, Armando!
Como está?
Quando vi nas atualizações dos meus blogues, aquela chama, embora a cor me tivesse agradado, fiquei sem saber, que "fogueira" lhe dilacerava ou lhe aquecia o peito.
Bem, então o seu poema, começa com "sete pedras na mão" e o sujeito dele, são os dedos, segundo percebi.
Felizmente, que tudo acaba bem, porque a paixão é a resolução da solidão, de que fala no poema (eu sei que detesta, poesia, mas...) e tudo passsa a ser um mar de rosas, onde ninguém serve nem é servido, isto é, logo que se entregam e se dão, rendidos.
A raiva e o tormento, não podem, NUNCA, sobreporem-se ao alento e ao encantamento.
Poesia muito bem construída, mas feita pela mão, rigor e palavra de transmontano.
Um resto de boa semana.
Beijos da Luz.
De um chão empedernido que espera o ressurgimento da Poesia em flor, que espera...
beijo meu
Nada permanecendo para sempre eis que depois da noite se abrem auroras em novos alentos.
Uma linda poesia
Abraço Armando.
Obrigada. Ficará para uma proxima!
Agradeço suas amaveis visitas, e aproveito para deixar meu carinho, pq ontem foi o Dia do Blogueiro e não consegui falar com todos! Sou muito feliz por te conhecer. Desejo que continue contribuindo com artigos relevantes, motivação, criatividade e simpatia.
Muita paz.
Beijos
Pois que as chamas nos libertem da servidão.
Abraço,
mário
Lê-se de um fôlego, este lamento que se restaura e redime para outra dimensão... Brutal.
Um abraço
"Labaredas divinas" já não as mais belas. O "seu fogo" conseguiu superá-las. Belo.
Lindo meu amigo. Boa Páscoa e beijos com carinho
Olá, Armando!
Sua poesia fez-me lembrar das antigas cantigas... A linguagem culta no contexto utilizado deu vida, e que vida linda! Gostei :)
Uma Páscoa Feliz.
Um abraço
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