Se os olhos contassem a tua história
Não traíssem como o fazem sem querer
Lembrassem tempos em que foste
liberdade
Soubessem de que cor é a vontade
Interpretassem o murmúrio do desejo,
o que dizem lábios finos a tremer
Decifrassem o rubor do amor ardente
Mostrassem como é a dor da ausência
reflexo e espelho da saudade
Mentissem num não que era sim
Tudo isso é o seu poder
Soberania em duas esferas compactada
O supremo sentido do sentir
a mais pura face da verdade
Ecrã onde a alma é projetada
7 comentários:
Não mentem.
Abraço,
mário
Por vezes, adivinhar é só mesmo adivinhar e não a atenção extrema sobre o "objecto" em questão.
Um beijo
Fabuloso...amei! Parabéns
E, porém, também há olhos da alma... Serão esferas também, a ver outros reflexos :)
Abraço
Não mentem? Só não mentem a quem conhecer a alma que eles espelham.
os olhos espelham sempre a verdade, mas depende de quem sabe ler nesse olhar.
gosto do poema!
escreves muito bem!
beijo
boa semana.
:)
Muitas vezes digo não, mas emitindo um estrondoso sim, basta olhar o olhar! Sua poesia é avassaladora!
Enviar um comentário