Sempre sabe a pouco a virtude
Opulenta que pareça e desabrida
Mesmo que em bandeja oferecida
Mansa dádiva em mão estendida
Sempre será mais vistosa e pretendida
A lábia e trôpega falácia
A que floresce em meninos de carreira
Exorta sempre a verborreia
Resulta como nada em estrumeira
E descamba no final em implosão
Nada a poderia sustentar
Oca, vaga, de lascar
Alimenta simplesmente a ilusão
Do ciclo da burrice propagar
Mas quando de madura cai
É sempre em vão
5 comentários:
forte...
e verdadeira....
um poema mordaz e oportuno...
:)
"Em meninos de carreira ...", canalhecos e quejandos.
Cairão, cairão, vamos ajudá-los.
Abraço,
mário
Aqui a poesia pontifica sempre pela excelência.
Gostava de adquiri o(s) livros, Armando!
Abraço
O lamento é que todos, todos, exceção dos canalhas, irão/vão ladeira abaixo, ainda que rejeitem veementemente, "A lábia e trôpega falácia". A canalhice não poupa a idade! Um desprivilégio de quase todo o mundo, um texto mais que oportuno!
Minha solidariedade e meu abraço!
Faz todo o sentido porque tem o "mundo" dentro.
Um beijo
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