Tivesse eu o poder naquele momento
de privar da terra o movimento
guardar só para mim eternamente
o efémero momento de magia
Transformá-lo em doce alegoria
de posse de um bem que é intangível
Gravar essa imagem recortada
de tuas finas curvas sensuais
das mil e uma cores que só tu tens
que para lá dos montes são banais
e deste lado moldam ideais
Elas, a origem da saudade
Pudesse eu parar este momento
Tirar daqui todo o alento
E mergulhar no ventre da vontade
9 comentários:
o pôr do sol provoca-nos esse estado de alma.
o poema muito inspirador e muito belo.
gostei!
beijo
:)
Trás-os-Montes é lindo.
Abraço,
mário
O apelo das raízes a que não podemos fugir.
Interessante, a dualidade de sentidos
implícita na palavra "curvas".Saudade da terra, a terra-mãe, mulher, portanto...
Um beijo
:-)
Muito bom!
Muito bonito... e, todavia, é sempre o acto a justificar o resto.
Um abraço
Poesia sem fronteiras
mesmo nos apeadeiros
A pausa da memória
rica de lembranças,
a vontade de transcender
esse tempo(pausa)
e eternizado-a...
O poder do poeta no sentir!
Bj.
Lindo poema,Armando, adorei. Beijo!
Já o eternizaste em cada palavra aqui descrita!
O tempo parou nesse sentimento que sobrepõe a saudade...
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