Sigo ao som do vento a vontade
Desço ao murmúrio do lamento
Oculto-me no opaco das palavras
Na sombra de um sentir entorpecido
Procuro mais além onde era ardor
Do ventre do desejo tiro o alento
Do refúgio surge nova vaga
Algo de um tempo esquecido
Trás na crista a mensagem esperada
Devolve à lembrança a eternidade
Um dia haverá um dia triste
Não hoje que a beleza o não permite
10 comentários:
A paisagem pode, de facto, tornar mais leve o peso dos tempos que correm aos quais não somos alheios.
Um beijo
Gosto imenso do som que sai das palavras da sua poesia, quando eu as pronuncio vagarosamente, sentindo os sabores, a amplidão e os sentidos possíveis. Há um sibilar do vento quando damos vida às palavras, quando as tiramos dali do texto, tomam de beleza o mundo, para que não haja um dia triste, ao menos que não seja hoje. Lindo!
;))
A beleza de um lugar como este que a fotografia mostra não o permite, certamente.
Bonita esta sinfonia de palavras e de sentidos.
Bom domingo. :)
E que continue a não permitir, para que só tenhamos dias de alegria. Meu abraço.
a beleza nunca devia permitir que os dias fossem tristes.
gostei muito da foto.
este poema tem uma particularidade que talvez o seu autor não saiba.
pode ser lido nos dois sentidos e não lhe tira o sentido.
gosto!
:)
A melodia deste dia eternizou-se
diante a beleza transportada
para o poema.
Lindo poema e linda foto!!
Quando o sonho se transforma e a acção o conduz, não se pode convidar a tristeza...
Grande abraço
Que não o permita.
Beijinhos
Por vezes
a luz cega
seguir o som do vento... é para almas grandes.
cvb
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