Não há um inverno de sentir
Nos dias de um ano que se acaba
Transportado ao som do movimento
Das folhas que castanhas se tornaram
e planando num bailado ensaiado
deixaram despida a esperança
Caindo em solo enrijecido
pelo belo, agreste e falso gelo
Há, sim, dias de chuva intensa
Que alimentam o caudal da nostalgia
Desaguam na torrente da lembrança
E com a turbulência dos festejos
Provocam cheias de vazio
Não há um inverno de sentir
Senão muitos dias de desejo
11 comentários:
A aguardar pelos alvores da Primavera.
Abraço,
mário
"Cai neve na Natureza e cai no meu coração"
Era assim que dizia Augusto Gil, não era.
Muito perto dos olhos, da alma.
Beijo meu
Belíssimo!
O canto do inverno,acompanhado
pela trilha da chuva,no bailar
das folhas que inscrevem
um sentir da morada da alma,
bem profundo e nostálgico...
Feliz 2014!
Repleto de voo poético...
Abraço,Armando!
que poema tão bonito a abrir o Ano.
parabéns, e que essa inspiração perdure pelos tempos.
a nostalgia faz sempre parte de nós(depois das festas).
bom ano de 2014.
beijos
:)
é urgente acordar relâmpagos
abraço poeta
Um inverno assim, é mesmo belo!
Ano Bom.
Beijo
Um Inverno bem profundo, nostálgico.
Daí preferir a primavera.
Bom Ano!
Existe sempre nesta poesia uma penumbra oscilante de nostalgia com paixão/desejo! Eis mais um poema a certificá-lo!
Um abraço
Armando,foi bom vir ao encontro deste poema que faz chover nostalgia.
Um excelente ano. Beijinho
Nem o ácido do tempo dissolve a dura saudade...Mas se há saudade,
é porque houve alegria.
Se há nostalgia,
é porque existiu felicidade.
Parabéns por mais um excelente escrito e obrigada pela partilha!
Bom Ano
Senti o tom nostálgico em todas as metáforas deste poema, que também me encheram de nostalgia, e como num filme, as imagens foram passando diante da bruma da minha saudade!
Belíssimo, Armando, emocionei-me profundamente...
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