Ficam-me os ecos do silêncio
Que sovam num murmúrio de lamento
Por entre os penedos da lembrança
Correndo como cristalinas águas de desejo
Vago era o teor da imensidão
Que enquadrava os momentos de torpor
Rugindo num horizonte opressor
Apesar do deslumbramento fulgurante
Que só a natureza imensa proporciona
Vivi mil vezes o momento
Como só o sonho tal permite
Deixei para trás cumes e serras
Desci ao ventre do paraíso
Ficou-me na turva retina
O dom de um reino
Que só os despojados
Almejam possuir
8 comentários:
Ao abrir a postagem fiquei presa na foto, clicando para a apreciar em tamanho normal. E dei por mim a pensar: cada vez mais me encantam estas paisagens, estes verdes, estes muretes, esta majestática elevação. É solidão que faz companhia. É silêncio que dialoga...
Depois, ao ler o poema, percebi que a foto já era prenúncio do conteúdo: um deslumbramento sentido apenas por quem esteve por ali...
Gostei imenso!
Bjo, Armando :)
Sorte a minha... posso usufruir destas paisagens diariamente! E tal como a EU cada vez mais me encantam.
mas se ficou o eco, sinal que está ainda enraizado nas memórias que guardamos em nós.
belo poema e bela foto.
bom fim de semana.
beijinho
:)
Belíssimos poema e foto,
nos proporcionam mergulhar no
universo do silêncio-Ser...
Faço parte do grupo dos
despojados... Bj.
Gosto do silêncio e ainda mais dos seus ecos.
Beijo
Paisagem interior
Abraço
O barulho do silêncio é dos que mais me atraem.
Um poema que é hino ao de mais belo: a Natureza.
Beijo
Muito, muito bom!
Prefiro a prosa à poesia!
Lindíssimo!
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