Sentado,
ouvindo o som de um pássaro
que
livre dizimava a solidão
de
todos aqueles que em redor
apertados
no espartilho de dias perdidos
buscavam
a aurora esbatida
das
manhãs que tardavam em ser dia
Levantou-se,
cismado no silêncio
olhando
em redor o horizonte
não
havia cor, brilho, prado ou monte
das
paredes brotava o som estridente
o
murmúrio dos momentos
não
lamentos
mas
vida que se fez de agitação
Sentou-se
de novo
se
paz em algum mundo havia
toda
aí estava concentrada
3 comentários:
Gosto do texto e gosto da imagem. Ambos convidam ao silêncio e ao recolhimento, à concentração nas pequenas coisas.
Bj
A vida também brilha a preto e branco
Belíssimo texto! Um retrato tocante de lugares entregues a si próprios.
Há o bucolismo mas também o isolamento, a desertificação.
Bjo, Armando
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