Do
ribeiro que corria no limite visível da rocha que se estendia ainda dois metros
para lá dos seus pés, retinha os murmúrios do apressado das águas.
Deitado de costas na rocha lisa olhava para o céu onde flocos cinzentos claros
de nuvens se recortavam no azul mais azul que ele conhecia: o céu de
Lamadeiras.
Envolto
por amieiros e encimado pelo velho e desativado moinho, o ribeiro criava um
pequeno lago que refletia o verde escuro das folhas de carvalho que começavam a
despontar naquela altura do ano. Era bom regressar aqui. Como se sentia em paz
com o seu reino! Que bom era beber o ar das origens! Para que inventamos coisas
quando a felicidade é tão pouco?
1 comentário:
O velho moinho
um jovem com idade
memórias incontornáveis nas paredes da casa
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