Será do vento que sopra desvairado
Do lado que foi o esquecimento
Cortante como a ausência da memória
Cruel ainda mais que a verdade
Do fogo que as cinzas consumiram
Espalhadas pelos cantos da lembrança
A ausência severa que me vence
Da luz que era a ténue esperança
Retirada dos despojos nova chama
Dos dias farás um novo archote
Que as horas te darão um novo mote
Para então recuperares das trevas
E descobrir no teu olhar
A luz que tão intensa me cegava
5 comentários:
A luz vence sempre as trevas.
Abraço,
mário
É sempre possível refazer o desfeito, a partir das raízes, ou mesmo a partir do nada.
Belíssimo!
Beijo
Salva-nos as lembranças mesmo quando pouco podemos ver. É fechar os olhos e deixar sentir.
Beijos
Belo amanhecer em redondilha de excelência. Palmas...
Abraço
É sem dúvida o vento,
que trás as palavras soltas e comburentes,
que aviva a chama do archote,
mesmo quando mentes.
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