À luz da lua que
brilhou no teu deserto
Que iluminava um
oásis que era meu
E verde como a
esperança alimentava
Um desejo que
vendia esperança
Dispo-me de toda a amargura
Da seara que
cresceu em peito aberto
Do centeio que a
ceifa prometeu
E de tudo o que um dia era meu
Mas as cores também
vacilam
A luz, mesmo a mais
forte desvanece
Difusa torna-te distante
E o oásis que era o
fim do teu caminho
Funde-se na ilusão
de um destino
Pura miragem,
desatino
E aí te mantém,
perdido, errante
7 comentários:
A imagem é soberba, o oásis e a miragem.
Abraço,
mário
Os pretéritos em oposição ao presente e entre eles o desenho da desilusão.
A imagem? Sublime!
Meu amigo
Mais um belo momento de poesia que adorei sentir.
Um beijinho
Sonhadora
Para que miragem se o destino do oásis é ilusão e desatino?
Ou quem sabe não seja a luz difusa um sinal, para clarear caminhos nesse deserto?
A imagem que ilustra as demais imagens que fui construindo a partir da tua poética, é deslumbrante (assim como a poesia)!
P.S.
Eu particularmente gostei do exercício de desconstrução do seu texto!
;))
os oásis são (sempre) nossos!
um bom momento de poesia e uma belíssima imagem.
beijos
:)
Um tema recorrente por aqui e sempre muitíssimo bem urdido em palavras, obrigando a uma atenção ao pormenor... e à mensagem... até que novos oásis se façam de novo o destino... :)
Abraço
A ilusão da miragem que sentimos como nossa, mas se desfaz na brisa do pensamento.
Mas um oásis também pode ser esperança...
Imagem e poema, casamento perfeito.
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