Não busco na sombra
do destino
O rasto de um sopro
que eras tu
O aroma do teu
corpo deslizante
O sabor de um
momento que foi nosso
Um ventre onde
ancorava a minha barca
O aconchego da
memória inoportuna
Dos lábios onde
cabia o desejo
O som de cítaras
vibrando
Num melódico trecho
musical
Interpretado por
solista virtuoso
Que mesmo num desempenho divinal
Sucumbia ao prazer
de imaginar
O solo mais
pungente conhecido
O murmurado som da tua voz
Busco num cenário
conhecido
Que me leva a um
estado divinal
E tudo que se diga é
desigual
Ao toque das tuas mãos nas minhas
7 comentários:
Olá Armando,
O toque das mãos que se entrelaçam,
são asas de uma sublime
união de almas...
Belíssimo este teu poema e assim,
também o espaço da
tua arte poética.
Nada falta a este momento excelso...
Um beijo
Um encontro feito entre violinos e com mãos que se tocam...
Que mais pedir?
Um abraço
O passado fica sempre triste, mesmo em cenário divinal.
Abraço,
mário
o toque da pele e mãos....
muito belo!
:)
O conjunto de sensações evocadas pelo poema, é a epifania de todos nós. Onde qualquer palavra escrita, ou verbalizada, não conseguirá descrever o que sente o poeta, diante do toque da amada!
Belo, como sempre, Armando!
;))
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