Sentei-me à janela do tempo
Não me lembro de quando me encontrei
Se no limite do ocaso
Num silvo do medo
Num pingo de chuva fora de tempo
Na fresca gota de orvalho
Ou apenas pela rua divagando
Abrigado pela sombra de um vento
desmedido
Entre os secos ramos da solidão
perdido
Envolto na penumbra de um destino
inacabado
Fechei de novo a portada
Regressei a um tempo que controlo
Na folha despejei mais uns suspiros
Do copo sorvi um novo fôlego
E do calor do fogo um novo alento
Lá fora cai a chuva de outono
Batida pelo vento que alimenta
cá dentro o fogo do encanto
cá dentro o fogo do encanto
8 comentários:
Tudo se move no ciclo das marés
Na nostalgia amena das primeira chuvas, as simetrias que nos fazem diversos.
Um beijo
Todos os outonos podem ser primaveras de esperança.
Abraço,
mário
nostálgico mas impregnado de serenidade...
muito bom.
a imagem perfeita!
beijo
:)
Uma janela com paisagem privilegiada.
Beijo
...quando os sentimentos se misturam em sensações, é porque o mar está prestes a começar :)
Um abraço
As sintonias existem, mesmo quando não temos conhecimento delas.
O Outono! Apenas a diferença do(s) tempo(s). Este num primeiro tempo de Outono que nos atormentou. Um outro, o meu, num curto tempo de doce Outono... que parece estar desaparecendo.
Gostei profundamente do poema. A nostalgia na serenidade do ser.
Foi bom vêlo de novo em fragmentos ! Agradeço a presença amistosa na conversa das ideias.
A poesia brota como os pingos de chuva do outono, e toda a imensa paisagem que vês na janela do tempo, descortina-se também à nossa frente.
Somos todos testemunhas e cúmplices desse encantamento poético para o qual nos transportas com a sua sensibilidade!
Linda! Linda!
;))
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