Sou brisa, fruto fora de época
Pelo vento norte trazido
Dei à costa em madrugada de bruma
Era para ser parto seguro
Em noite de lua cheia
Foi o que foi
Não a perfeição prevista
Nem o sonho destinado
Foi o fado fadado
Embalado no ritmo do advento
Rumando ao eterno almejado
Estorvado pelas pedras do caminho
Em doca seca ancorado
Sempre rumando ao crepúsculo
Em busca da nova aurora
7 comentários:
Todos rumamos ao crepúsculo mas,sempre,sempre em busca de uma aurora.
Abraço,
mário
O poema (como a foto) foi um "parto" feliz, belo. :)
Do verbo "surgir" parece irradiar algo de inesperado, algo que se criou no reino natural, pela mão da Mãe-Natureza.
E só por esta mão se deixa conduzir o sujeito lírico através da vida, cumprindo a ciclicidade que lhe é inerente, até ao derradeiro crepúsculo.
Assim [o] leio, hoje!
Um beijo
Mesmo os mais felizes partos procuram novos amanhãs...
Um grande abraço
Maravilhoso poema meu amigo e andamos todos em busca de uma nova aurora. Beijos com carinho
Que a nova aurora se faça luz sempre presente.
Bjos
Olá!
Adoravel poema, as palavras são simples, mas me fizeram voar um pouco. Tomei o rumo, para o que mais curto : o crepusculo!
Bjs
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