Em busca do efémero fim de tarde, corro
Para trás o dia inteiro, deixo
O alento da luz que se acaba, busco
A chama do desejo em ti, persigo
No aconchego da noite me oculto
No eterno da madrugada mergulho
No despontar da aurora desaguo
De um limbo eterno desponto
De volta a um ser desconhecido
Emanado da razão
Liberto do espírito sonhador
Subjugado ao prazer do real
No jazigo temporário permaneço
Até ao ocaso de um sol que há-de ser meu
10 comentários:
a ternura simples e bonita que emana do poema.
na sua simplicidade é um belíssimo trabalho.
gostei!
:)
Meu amigo
Um belo momento de poesia que adorei como sempre ler-te.
Um beijinho
Sonhadora
O espírito sonhador nunca é subjugado.
Abraço,
mário
"De volta a um ser desconhecido
Emanado da razão"
Bem sei! É preciso voltar que o devaneio condena o caminhante à solidão.
Um beijo
Já dizia António Gedeão "Que o sonho comanda a vida, que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança..."
Por isso, nada de perder o espírito sonhador, de o deixar ser subjugado pelo real.
O ocaso é uma das fases do dia minha preferida!
Adorei
Olá amigo, um ocaso tão cheio de ternura. Só está subjugado quem não consegue sonhar. Beijos com carinho
Meu amigo
Passando para deixar um beijinho e reler este belo poema.
Um beijinho
Sonhadora
Não é a primeira vez que leio o seu poema, mas não sei ainda o que dizer, ou, ele me diz tanto, especialmente porque na hora do ocaso, um sem fim de emoções e sensações terminam o dia em mim, para recomeçar logo ao nascer do sol.
A sua poesia é líquida e plasmática, um amálgama de sentimentos. Linda! Reflexiva! Necessária!
No lusco-fusco dos dias
passantes
todo o tempo é espaço temporário
desconhecido
Um poema que se sente sentido
profundamente
Abraço
Bonitas palavras para um sol que chegará...
Abraço
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