quinta-feira, 12 de maio de 2011

Caíu-me o céu


Caíu-me o céu
Sem estrondo nem explosão
Evidente pela ausência do trovão
E óbvio pelo que o antecedeu

Não tocaram as sirenes
Os alarmes não soaram
Do âmago inútil brotaram
Essências e perfumes tão perenes

O tempo corre
Escoam-se as horas
Todos os minutos que demoras
A decifrar aquilo que em ti morre

Alavanca de Arquimedes
Balança de mercador
Agudiza a ténue dor
Pois matá-la não consegues

2 comentários:

trepadeira disse...

Fantástica ilustração para um poema lindo.

Um abraço,
mário

Sempre presente disse...

Veia de poeta e olho de fotógrafo!