terça-feira, 12 de agosto de 2014

Salpicos


Salpicos de sombras insidiosas
Em solo que um dia a dor lavrou
Invocam sois de agosto inclementes
Penetrando na aridez de um lamento

Não sei se um dia tem lembrança
Se fica para sempre a imensidão
De momentos que eram sempre infinitos

ou

Será apenas a visão de um anseio
e da bruma emergem letras
com que se escreve Sentimento?

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Simples


Corre fresca uma brisa ao fim da tarde
Num tempo de estio adiado
Embora de alegria polvilhado
De um vento onde está escrito o teu sorriso

Vindo de onde foi anunciado
Tal e qual como o programado
Se torna real a emoção

Em paz se converteu o emaranhado
Conforto da vista prometida
No timbre melodioso das palavras

Simples, como são as coisas boas!