Em busca do efémero fim de tarde, corro
Para trás o dia inteiro, deixo
O alento da luz que se acaba, busco
A chama do desejo em ti, persigo
No aconchego da noite me oculto
No eterno da madrugada mergulho
No despontar da aurora desaguo
De um limbo eterno desponto
De volta a um ser desconhecido
Emanado da razão
Liberto do espírito sonhador
Subjugado ao prazer do real
No jazigo temporário permaneço
Até ao ocaso de um sol que há-de ser meu