Entre o inóspito dos cardos
E o agreste dos seixos onde crescias
Sob a Providência que a sombra fornecia
E do inclemente sol de Agosto protegia
A folhagem que era ténue
Solidária e sempre pronta
Amenizava a hipócrita geada
Nem a neve, princesa enganadora
Em ti inclemente penetrava
Fruto da mesma semente
Da flor que em jardim era regada
Tu, isolada, exposta, maltratada
À mercê de qualquer boca inclemente
Talvez, quem sabe, era esse o dom
Que em ti criava esse tom único
O perfume que só tem a liberdade
Que o céu e as estrelas
São as únicas cercas
De todo esse reino que é o teu