Será do vento que sopra desvairado
Do lado que foi o esquecimento
Cortante como a ausência da memória
Cruel ainda mais que a verdade
Do fogo que as cinzas consumiram
Espalhadas pelos cantos da lembrança
A ausência severa que me vence
Da luz que era a ténue esperança
Retirada dos despojos nova chama
Dos dias farás um novo archote
Que as horas te darão um novo mote
Para então recuperares das trevas
E descobrir no teu olhar
A luz que tão intensa me cegava