quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Fluir entre o nada e o infinito



De dentro vem o chilrear dos tempos
Das coisas que sozinhas se desvendam
Do som da chuva retenho a lembrança
De dias em que apenas um sorriso era tudo
Em que um gesto desvendava o infinito
O lento deslisar no insensível cristal brilhante
Que ganhava vida em letras espontâneas
Sílabas que ditavam sensações
Palavras que escorriam ávidas
Frases que mesmo incompletas
Diziam o que faltava nos dias sombrios
Criavam tremores
Ditavam receios
Alimentavam a alma