terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vaga




Vago é o olhar da solidão
Em ti ausente escuro como breu
A distância que o vazio preencheu
Naquele ai em que o coração vagou

Vago é o vazio da memória
no impertinente gelo da emoção
que espreme o verde sulco em lento pranto
e verga perante a vaga a resistência
mesmo que dura seja a forte fraga
e a alma em si a tome como alento

Em lágrimas pulveriza o sentimento
Que imensa é a breve recordação

8 comentários:

Sílvia Mota Lopes disse...

Gostei:)
Um abraço

trepadeira disse...

A solidão,a recordação,a resistência,... .

Um abraço,
mário

BL disse...

Melancólico, como eu gosto :)

Mas, por dentro,
consigo distinguir
o "verde sulco" a resistir
e o alento a persistir
na "forte fraga"

de um "ai" a preencher
um imenso jogo de palavras.

Saudações :)

Lídia Borges disse...


Quanto à forma: perfeito no ritmo e na aliteração, na construção frásica...
Quanto ao conteúdo... arrebatador.

Lídia

Daniel C.da Silva disse...

Gostrei da foto. Gostei do poema.

Fica um abraço amigo

maria joão moreira disse...

hoje gastei as palavras e poucas me restam... mas não posso deixar de dizer que está muito, muito bonito!

Enigmático Byjotan disse...

Palavras que me tocam e me levam a pensar no bem que me faz.:- Abraço carinhoso de leitor.:-Byjotan.

Anónimo disse...

Um olhar presente, preso em profundas palavras.
Gostei. Muito.