terça-feira, 29 de janeiro de 2013

…e mais um verso


 
Lês a minha alma na primeira palavra
Essa forma anárquica de remar
Cada verso um novo desafio
Desvendas-me, descobres-me, desmascaras-me
Do ventre o interstício a algazarra
Desfias-me no lento percorrer de vista
Divisas-me de forma opaca e sempre hermética
Sumária a análise que o tempo morre
Concluis-me sem me soletrar
Tudo se resume num ponto final
…e mais um verso!

5 comentários:

Lídia Borges disse...


Ser assim lido é um verso nunca escrito de tão perfeito!

Lindo!

deep disse...

... e vários versos que valeu a pena ler. Gostei. :)

trepadeira disse...

E de versos devia ser feita a vida.

Abraço,
mário

Anónimo disse...

Bom dia, Armando!

E mais um verso, que vai formar uma poesia, pra quem gosta, claro (não é o seu caso).

O "senhor" está a apurar-se. Já deu por isso certamente, aliás, fá-lo, conscientemente.
Eu não entendo o que quer dizer, aqui, nesta poesia, mas... os Transmontanos são assim.

Sabe, há um livro e filme chamados: "Os Cavalos, Também se Abatem". Já leu/viu?

Estou a "dissecá-lo", sem o ter, previamente, soletrado, mas agora, já não se soletra, nem na escola primária, quanto mais em fases seguintes.
Agora, faz-se visualização, relação e concretização, do pensamento.
Piaget tinha e tem razão.

Excelente dia, com o frio transmontano, que é diferente do de Lisboa, segundo vocês afirmam.

Cá estarei, se deus quiser, para a sua próxima poesia. Pronto, vai escrever prosa, está visto.

Anónimo disse...

Resume-se num belo ponto emotivo.