segunda-feira, 6 de abril de 2015

Metade de mim



Cansa-me o desejo de sentir
vontade de tocar o infinito
cantar versos de sonhos inacabados
mover metade de mim
sentir o mundo
viver os detalhes do momento
como da vida inteira se tratasse
e tudo um piscar de olhos
conquistasse

De pequenos nadas é feito tudo
das pequenas variações
de gestos ténues
de tudo aquilo que
não temos

Mas vã é a angústia
se tudo o que nos resta
é perseverança

5 comentários:

Shirley Brunelli disse...

Seus desejos são também os nossos.
Belo poema.
Beijo!

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

um poema a transbordar esperança, e no entanto com uma mescla de desalento...

gostei, e deixo os votos de uma boa semana.

beijo

:)

Mar Arável disse...

Há sempre uma esplanada neste país à beira mar betonado

trepadeira disse...

Pois vamos persistir, insistir e resistir.

Abraço,

mário

Odete Ferreira disse...

Cansa, de facto, ter uma consciência sempre em alerta. Mas, mesmo que não queiramos, aquele "grilo falante", empurra-nos para a ação.
Gostei imenso, Armando
Bjo :)