segunda-feira, 11 de março de 2019

O caminho




E se um dia acordasse a primavera
Desdobrasse as rugas de fevereiro
Num canto arrumasse adventos
Outonos que ecoam eternamente
E no armário do passado os enterrasse

Verdes, calmos, desenharia caminhos
Suspensos por estrelas brilhantes
Que nem aurora nem destino indicassem
Nada, nada, nada.
Tudo seria uma viagem
Percorrida entre os equinócios esquecidos
Projetada no universo intemporal
Recortada pela luz do infinito
O caminho seria tudo!

2 comentários:

Mar Arável disse...

Mesmo que improvável
há sempre um caminho
Abraço

Li disse...

O caminho somos nós que o fazemos, na encruzilhada decidimos ir por ali, voltar atrás está fora de questão, seguir e esperar que novo cruzamento surja e voltar a decidir.