segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O vento



Não, não me chames quem eu não sou, não ponhas na minha boca as indizíveis frases, que o vento que entra pela frincha que ainda ficou, depois da ultima remodelação, deixa passar.
Eu sou o vento, o que sussurra, o que alerta, atemoriza ou que tranquiliza. Eu sou a geada que tudo enregela e que cobre de branco as peles suaves.
Sou também o sol, o de Primavera que tudo faz despontar, mas também o de Verão que tudo seca. Queria ainda ser o Sol de Inverno pelo qual se anseia.
Serei a noite, tranquila e serena, que promove sonhos e que leva ao despontar da aurora.

4 comentários:

trepadeira disse...

"Promove os sonhos e leva ao despertar da aurora",belo.
Um abraço,
mário

Anónimo disse...

...Lindos e sentidos pensamentos...
Tal como F.Pessoa, tb eu, às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
E, quanto à noite: “Mesmo as noites completamente sem estrelas, podem anunciar a aurora de uma grande realização.”
(Martin Luther King )
Já agora, mais uma bela foto...e a Olá agradece!

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Bela a foto. Belas as palavras que o vento jamais conseguirá levar e que a noite vai guardar para, na aurora, despertarem.
Seduz-me o movimento (vento) implícito na foto e o movimento (vento) implícito nas palavras: energia frágil ou forte.

Anónimo disse...

Meu Deus, fiquei arrepiada!
Li