quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Centelha


Esguio o calor que se desprende
Amaina mas não verga o tremor
Solta a vontade do momento
Mas lento anima a tímida dor

Efémero foi também o sentimento
Que fez brotar de novo verde esperança
Ergueu-se mais, deu-lhe livrança
Criou-lhe a própria emancipação
Sob o perene medo que escondia
De trazer de novo à luz do dia
A centelha que o desencanto ilumina
No outono desse descontentamento

Provocou a erupção da nostalgia
Dominante e cheia de fulgor
Levando a que a sempre eterna dor
Perceba que há um dia em que termina



3 comentários:

trepadeira disse...

A esperança sempre consola.

Um abraço,
mário

Anónimo disse...

Olá Armando,

Embora o calor fosse esguio, efémero o sentimento, não há mal que sempre dure.

A sua escrita é muito fora do comum. Sabia?

Abraço da Luz.

MS disse...

O Outono é uma estação que nos leva inevitavelmente a esse estado d'alma. A nostalgia.

Abraço