quinta-feira, 4 de abril de 2013

Surgi




Sou brisa, fruto fora de época
Do alto da montanha desci
Pelo vento norte trazido
Dei à costa em madrugada de bruma

Era para ser parto seguro
Em noite de lua cheia
Foi o que foi
Não a perfeição prevista
Nem o sonho destinado

Foi o fado fadado
Embalado no ritmo do advento
Rumando ao eterno almejado
Estorvado pelas pedras do caminho
Em doca seca ancorado

Sempre rumando ao crepúsculo
Em busca da nova aurora

7 comentários:

trepadeira disse...

Todos rumamos ao crepúsculo mas,sempre,sempre em busca de uma aurora.

Abraço,
mário

deep disse...

O poema (como a foto) foi um "parto" feliz, belo. :)

Lídia Borges disse...


Do verbo "surgir" parece irradiar algo de inesperado, algo que se criou no reino natural, pela mão da Mãe-Natureza.
E só por esta mão se deixa conduzir o sujeito lírico através da vida, cumprindo a ciclicidade que lhe é inerente, até ao derradeiro crepúsculo.

Assim [o] leio, hoje!

Um beijo

Daniel C.da Silva disse...

Mesmo os mais felizes partos procuram novos amanhãs...

Um grande abraço

rosa-branca disse...

Maravilhoso poema meu amigo e andamos todos em busca de uma nova aurora. Beijos com carinho

Fá menor disse...

Que a nova aurora se faça luz sempre presente.

Bjos

BLOGZOOM disse...

Olá!

Adoravel poema, as palavras são simples, mas me fizeram voar um pouco. Tomei o rumo, para o que mais curto : o crepusculo!

Bjs