quarta-feira, 11 de setembro de 2013

...um dia


um dia sem querer hei de escrever
as páginas soltas de uma vida

das minhas letras sairá a viva alma
o teu rosto em forma de um verso

um sorriso será a pontuação
das palavras que juntas o compõem
o teu jeito terá esse condão,
libertar a forma e o sentido

um dia terei essa ousadia
de pegar numa folha vazia
e enchê-la de todo o sentimento

não sei se o feito é de relevo
se não foi já mil vezes repetido
ou se daí virá algum remédio

Mas,
um dia sem querer hei de escrever
tudo aquilo que sempre um dia quis

11 comentários:

Ritinha disse...

E que esse dia chegue logo, pois é muito bom quando podemos escrever o que a alma deseja imensamente colocar para fora.
Que este dia esteja bem próximo.
Mas enquanto não chega... apreciando as palavras de hoje.

bjs
Ritinha

Lídia Borges disse...


Ah!... Sempre a sensação inquietante do "pouco" que será mais amanhã.
(Na arte e na vida)

Tanto, este poema!

Obrigada!

Beijo

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

claro que sim.
embora eu ache que já escreves tudo isso.
gostei também muito da foto.
um beijo

:)

trepadeira disse...

Como é linda a ousadia da poesia.

Abraço,

mário

deep disse...

Talvez não se encham páginas de sentimentos, mas, aos poucos, faz-se quase a mesma coisa.

Muito bonitos, texto e imagem. :)

Mar Arável disse...

É urgente ousar

Suzete Brainer disse...

Não existe pontuação mais

bela do que um sorriso...

O rosto em verso

inscrito em Dia

refletindo a luz deste sentir...

Um poema sublime!!

Abraço, Armando.

Alda Luisa Pinheiro disse...

"Ousar é o verbo. Coragem o substantivo. Hoje, sempre, os advérbios".
Quanto de nós e da vida se perde no medo de ousar?
Amei o poema!Obrigada

Daniel C.da Silva disse...

Da reinvenção ao sonho, ou deste àquela! Enquanto no horizonte virmos um dia por escrever, as coisas estão bem...

Abraço

Anónimo disse...

Obrigada, pela visita!

Canto da Boca disse...

O Poeta é esse ser que constrói essa atmosfera mágica, tendo como matéria imprescindível aquilo que o emociona e nos emociona também.
E vai tecendo versos, desenhando a sua poética que sai de um sorriso, de um rosto, e se torna (in)tangível nas folhas da poesia.

Lindíssimo, como sempre!

;))