Na complexa teia onde me sento
Divagam tons de luz sem piedade
Progridem por entre os nós
de um rendilhado
Penetram em todos nós
Que absortos nos mantinha-mos
Eu que só queria contemplar o invisível
chapinhar das sereias da represa
Deixar que fosse o nada e ele apenas
a levar-me por entre a plenitude
do vazio
Virar as costas ao real
Estender as pernas, divagar
Subir ao mais alto cume,
em pensamento
Divisar a plenitude do momento
Sem do meu descanso abdicar
Ausente, apenas um instante
Ou toda a vida
que num momento coubesse
8 comentários:
A complexidade do simples
A intensidade aumenta à medida que se lê, e o encanto também, num misto que concede ao momento a eternidade de se estar assim...
Abraço
Poderosas palavras em poesia que se sente e ecoa.
Beijo
palavras urgentes e necessárias...
:)
A poesia é sempre um momento de ausência. E ainda bem!
Gostei imenso, amigo Armando!
Meu beijo :)
Esta ausência é repleta
pela infinitude do sentir-Ser...
E um espaço em que a poesia
se revela. Bj
Eliminei pois já tinha comentado :)
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