terça-feira, 26 de abril de 2016

Encoberto


Após os ínfimos momentos
de um inverno triste
amofinados na mortalha
da fina e rendilhada morrinha
que de forma persistente
possuía tudo o que ansiava
transformar em luz
o escuro imponente de um sussurro
liberto no esplendor da planície.

Da construção de versos se fez obra
E tudo ressuscita num poema
sob um sol de primavera envergonhada
pois que a vida se resume
ao infinito dos dias de maio

7 comentários:

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Preciosa conjugação de palavras e imagem!
Abraço

Unknown disse...

O mês de Maio também é lindo e infinito aqui. Belo poema!
Beijo*

Odete Ferreira disse...

Ainda que a simbologia do "Encoberto" - apresente-se ela de que forma for - nos sustente como sonho. é de claridade que vivem os nossos dias.
Lindo!
Bjo, amigo :)

Suzete Brainer disse...

A bela poesia tem este dom de ressuscitar a beleza,
às vezes fria da realidade!...

bj.

Manuel Veiga disse...

que o "maduro Maio" te seja pródigo...
e as colheitas fecundas.

rosa-branca disse...

Mesmo no encoberto os sonhos têm claridade e brilham mais alto. Maravilhoso poema que adorei. Beijos com carinho

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

e ressuscitará sim
a luz e a poesia
que belo!
beijo
:)