quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Dúvida



Sou restolho que o sol mirrou
Poeira que o vento endoideceu
Horas que um dia concedeu
Tempo que a luz alimentou
E o desejo apenas permitiu

Sou conclusões de fim de verão
Ânsia da frescura prometida
Colheita há muito esperada
Fim do estio programado
Promessa de um novo ciclo desejado

Será que serei o que seria
Se a vida só tivesse por um dia
E tudo não seguisse o mesmo mote?

10 comentários:

Lídia Borges disse...


É uma questão que vive do conteúdo de si própria, dispensando uma resposta.

O tempo cíclico, talvez, mas nunca igual.

Um beijo

Lídia Borges disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
BLOGZOOM disse...

Acabo de sair de um blog onde o jovem autor falava sobre suas dúvidas.

Creio que todos nós vivemos fases de altos e baixos, o certo é sempre estarmos atentos e avaliando.

Bjs

Daniel C.da Silva disse...

São sempre as surpresas que fazem o caminho...

Abraço

trepadeira disse...

Promessa sempre renovada.

Abraço,

mário

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

meu amigo

O tempo é o maior mestre. É ele que comanda.
gostei como sempre e deixo um beijinho.

Sonhadora

Ritinha disse...

Olá!
Vim te visitar e estacionei por aqui, lindo tudo, seu jeito de escrever, a perfeita harmonia que tem, muito bom interagir com pessoas como você, de uma sensibilidade maravilhosa.
bjs
Excelente final de semana
Ritinha
Ah! Parabens! seu blog é incrível

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

as dúvidas que todos nós temos.
um poema cheio de mistérios que não sabemos responder.
gostei!
um bom final de semana.
um beijo

Suzete Brainer disse...

A impermanência existencial,

proporcionando vários focos

de cor, tempo e vivencia.

Mas o olhar do poeta sempre

inscreve a beleza do sentir...

Sempre belos os teus poemas!!

Abraço, Armando.

Canto da Boca disse...

"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... Continuarei a escrever", a frase é da poeta brasileira-ucraniana Clarice Lispector, mas cabe bem no seu poema.

As indagações são as nossas permanências, e a partir delas tentamos afirmar essas tantas hipóteses que nos cingem, e surgem outras tantas.

E eu continuo fazendo as minhas intertextualidades, inspirada pela tua poética, e ouso lhe trazer uma música, que dialoga com o seu poema:

http://www.youtube.com/watch?v=WbNNGPoH6QI

Abraço, Armando, um poema espetacular, como é a sua marca.

;))

P.S.
Andei ausente dos blogues, estou de volta, aos poucos - e com o meu pouco tempo - farei as minhas leituras.