sábado, 18 de janeiro de 2014

Ao som de um dia assim


Sigo ao som do vento a vontade
Desço ao murmúrio do lamento
Oculto-me no opaco das palavras
Na sombra de um sentir entorpecido
Procuro mais além onde era ardor
Do ventre do desejo tiro o alento
Do refúgio surge nova vaga
Algo de um tempo esquecido
Trás na crista a mensagem esperada
Devolve à lembrança a eternidade

Um dia haverá um dia triste
Não hoje que a beleza o não permite

10 comentários:

Lídia Borges disse...


A paisagem pode, de facto, tornar mais leve o peso dos tempos que correm aos quais não somos alheios.

Um beijo

Canto da Boca disse...

Gosto imenso do som que sai das palavras da sua poesia, quando eu as pronuncio vagarosamente, sentindo os sabores, a amplidão e os sentidos possíveis. Há um sibilar do vento quando damos vida às palavras, quando as tiramos dali do texto, tomam de beleza o mundo, para que não haja um dia triste, ao menos que não seja hoje. Lindo!

;))

deep disse...

A beleza de um lugar como este que a fotografia mostra não o permite, certamente.
Bonita esta sinfonia de palavras e de sentidos.
Bom domingo. :)

Jota Effe Esse disse...

E que continue a não permitir, para que só tenhamos dias de alegria. Meu abraço.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

a beleza nunca devia permitir que os dias fossem tristes.

gostei muito da foto.

este poema tem uma particularidade que talvez o seu autor não saiba.

pode ser lido nos dois sentidos e não lhe tira o sentido.

gosto!

:)

Suzete Brainer disse...

A melodia deste dia eternizou-se

diante a beleza transportada

para o poema.

Lindo poema e linda foto!!

Daniel C.da Silva disse...

Quando o sonho se transforma e a acção o conduz, não se pode convidar a tristeza...

Grande abraço

Pérola disse...

Que não o permita.

Beijinhos

Mar Arável disse...

Por vezes

a luz cega

OceanoAzul.Sonhos disse...

seguir o som do vento... é para almas grandes.


cvb