Não há espelho que reflita a sensatez
A dúvida ou a vontade do saber
O crer, a dor ou a saudade
A luz que em ti nasce ao entardecer
De dentro da vontade nascem rios
Levam em suas águas a lembrança
Daquilo que nasceu por necessário
E mirrou o chão que percorreu
Desaguando
sem passar por nenhum leito
Mas árido era o campo onde corria
Secava todo o sonho que teimava
Ser fonte de um qualquer
sopro de vontade
Se há um espelho que não minta
O mundo refletido nos teus olhos
14 comentários:
Nas águas do rio
já vi um cego chorar
lágrimas vivas
Um espelho embaçado pode ser um mundo de equívocos, mas há no mundo certos olhos que refletem as luzes que rebrilham e iluminam na escuridão.
Uma poesia que reflete além da delicadeza, tanto sentimento. Linda!
Esses rios que percorrem a alma do poeta são áridos e desérticos.
Por vezes correm neles a saudade perdida no brilho dos espelhos de água. É aí que brotam as nascentes vivas carregadas de dor.
a sensibilidade expressa num poema lindíssimo.
boa semana.
beijos
:)
Esse rio fará renascer a vida num outro qualquer lugar.
Abraço,
mário
Sim, os espelhos não foram feitos para reflectir essencialidades, (escrevei eu algures), mas vejo aqui, com admiração que, afinal, podem fazê-lo.
Um beijo
O olhar refletido
e reconhecido na raiz
do sentimento
que transborda poesia...
Belíssimo!!
Um grande fim de semana.
Beijinhos
Também gostaria dum espelho assim...tão amoroso e humano.
Beijos
... sensível, triste, já que o sonho secou vencendo o 'sopro de vontade'.
E, no entanto, a imagem é a antítese do que se sente. Linda!
Belo poema, deixando sempre uma presença do meio, onde o sonho se efectiva a dois! De preferência sem espelhos...
Abraço
Tudo em tão perfeita sintonia, Armando!
Sempre um renovado prazer ler a sua poesia.
Abraço de saudades
Tudo em tão perfeita sintonia, Armando!
Sempre um renovado prazer ler a sua poesia.
Abraço de saudades
Não escapo de um espelho, sempre tem algum me espreitando. Em casa.
Bjs
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